Foi um fim-de-semana cheio de cinema, mas nem todos foram bons. Soube-me muito bem a nostalgia do novo CAÇA-FANTASMAS. Apesar do seu super colorido, não fiquei encantando com ENCANTADO. Quarto ao CASA GUCCI, é assombrada por um bom elenco, mas a história arrasta-se por mais de duas horas.
CAÇA-FANTASMAS: O LEGADO (Ghostbusters: Afterlife) de Jason Reitman – 7
Uma mãe solteira e seus dois filhos vão viver para a velha e isolada casa que o avô lhes deixou. Aí, a filha mais nova descobre uns estranhos aparelhos e depressa percebe que uma força maligna se prepara para invadir o mundo e que o seu avô fazia parte dos famosos Ghostbusters.
Quem diria que depois do desastre da versão feminina dos Ghostbusters, que estes voltariam ao bom caminho? Pois é, Jason Reitman, que é filho do realizador do filme original, dá-nos um simpático, divertido e, acima de tudo, nostálgico regresso ao universo dos “ghostbusters”.
O filme vai-se construindo num ritmo crescente que nos leva ao emocionante e emocional final, com muito humor pelo meio, bons efeitos especiais e uma boa galeria de personagens. O elenco é bom e sabe bem assistir ao regresso de alguns veteranos. Atenção, não saiam do cinema logo no fim do filme, pois se o fizerem perdem a deliciosa Sigourney Weaver.
CASA GUCCI (House of Gucci) de Ridley Scott – 5
A jovem Patrizia Reggiani caça Maurizio Gucci, um dos herdeiros da Gucci, e consegue manipular a ele a todos de forma a conseguir o que quer... mas a sua ganância acaba por se virar contra si, com resultados dramáticos.
Baseado (ou deverei dizer inspirado?) numa história verídica, o novo filme de Ridley Scott arrasta-se por mais de duas longas horas, em quase estilo documental e sem emoção. Quem me conhece sabe que vejo/sinto os filmes pelo lado emotivo e não pelo lado cerebral (às vezes tenho dúvidas se este ainda funciona), pelo que este filme me deixou... “frio”.
Sim, o elenco é bom, se bem que por vezes estão todos um pouco exagerados. Talvez os personagens reais fossem “maiores que a vida” e assim faz sentido este tipo de interpretação. Outro problema é o facto de falarem todos inglês com sotaque italiano, isso retira verossimilhança às suas interpretações, chegando a ser um pouco ridículo. Bem, neste campo o meu destaque não vai para Lady Gaga (que está bem), nem para Adam Driver (sempre com um sorriso irritante na cara), mas sim para Al Pacino e, principalmente, Jared Leto (debaixo de quilos de maquilhagem).
Esperava melhor, ou pelo menos algo mais interessante e menos aborrecido, mas tem os seus momentos e acredito que poderá portar-se bem nos Óscars.
ENCANTO de Charise castro Smith, Byron Howard & Jared Nush - 4
Na família Madrigal todos têm um poder sobrenatural e vivem numa casa mágica. Mas, por razões estranhas, a pequena Mirabel não tem nenhum poder e isso é um problema para a família. Já adolescente, percebe que toda a magia está em perigo e que poderá ser a salvação de todos.
Disney em estilo latino, com muita còr, música, magia e algum humor. Infelizmente, apesar da receita soar bem, o resultado é fraco. Parece que a história nunca chega a arrancar e os personagens são um pouco superficiais. As canções de Lin-Manuel Miranda, apesar ser interessantes, parecem todas iguais e nenhuma se destaca das outras.
Talvez o filme seja demasiado infantil para mim (que adoro animação), mas a sensação que fica é que foi feito à pressa. Mas apesar de tudo ainda derramei uma lágrima ou duas no final.
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