quinta-feira, 24 de março de 2022

JORGE VAI AOS FILMES – Terror a Dobrar

Terror, se bem que já não tenho a paciência que tinha quando era jovem e via toda a “merda” que aparecia. Infelizmente, o género continua a estar povoado por filmes muito maus, que nascem, quais ervas daninhas nos clubes de vídeo do MEO (e companhia) ou no Netflix e seus “primos”. 

Quanto às salas de cinema, não é um género que os distribuidores favoreçam.

X de Ti West – Classificação: 7 (de 1 a 10) 

Tudo isto, porque quero chamar a atenção para um bom filme do género que estreou de forma apagada nos nossos cinemas. Refiro-me ao X.

Quando era puto ou adolescente (anos 70 e 80 do século passado) adorava ver os filmes de terror feitos para adultos (eram interditos a menores de 18 anos) e consegui convencer os meus pais a levarem-me a ver muitos. Nessa altura, apesar de haver filmes em que os adolescentes eram as vítimas, os filmes não eram feitos para essa camada etária e isso era tão bom! Pois bem, este X levou-me de volta a esses tempos.

A história é simples. Uma pequena equipa cinematográfica de cinema porno, aluga uma casa numa quinta algures no Texas, mas os donos dela têm uma surpresa para eles... É fácil de imaginar o que vai acontecer e o suspense é pouco ou nenhum, mas o filme vale pela atmosfera e pelo seu ar sujo. O elenco de caras mais ou menos conhecidas cumpre bem as suas funções, os crimes são violentos e há um irritante pregador televisivo. É verdade, como todos os filmes de Ti West, o ritmo é lento e a acção custa a arrancar, mas quando arranca... bem-vindos ao Cinema de Terror dos anos 70! Sem dúvida um novo filme culto, que faz uma boa parelha com o superior FRESH (que podem ver na Disney).



SEGREDO OBSCURO (The Night House) de David Bruckner – Classificação: 2 (de 1 a 10) 

Também na Disney acabou de ficar disponível um novo filme de terror (que foi o escolhido para encerrar a última edição do MOTELx) e se, como eu, acharem que o ritmo de X é lento, então preparem-se para adormecer com este SEGREDO OBSCURO, que é tão obscuro que acho que não percebi muito bem o que se passava. Bem, se calhar a culpa é minha, que dei umas valentes “cabeçadas” durante a sua visão.

A atriz Rebecca Hall (que nunca me conquistou) é quase presença única como a recente viúva que descobre que o marido, que se suicidou, tinha um segredo terrível... ou será que não tinha? A casa é gira e a sua localização um sonho, mas a história arrasta-se sem interesse ou qualquer tipo de suspense. Como já devem ter percebido não gostei, mas a moça até que não está mal.




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