No passado fim-de-semana fiz um passeio por um Nilo de bilhete postal, onde a um pôr-do-sol se segue um nascer-do-sol e depois outro pôr-do-sol... As margens do rio, entre a História e a paisagem, são cativantes e convidam a uma visita.
Claro que nem tudo são rosas, pois existem crocodilos (ou serão jacarés?) sempre à espera de atacar a sua presa. O que os convidados do casamento da ricalhaça Linnet Ridgeway não sabem, é que um “crocodilo” de duas pernas vai a bordo e as suas intenções não são nada boas. Claro que num filme baseado num romance de Agatha Christie, todos sabemos que um crime ou outro irá ser cometido e cabe a alguém, neste caso o famoso Hercule Poirot, descobrir a identidade do assassino.
Esta história já havia sido filmada em 1978, com resultados bem melhores e com um elenco mais bem recheado e onde todos (Peter Ustinov, Bette Davis, Angela Lansbury, David Niven, Mia Farrow, Maggie Smith, entre outros) brilhavam e davam o seu melhor. Essa versão até ganhou um merecido Óscar para Melhor Guarda-Roupa. Infelizmente, o elenco desta nova versão parece estar em piloto automático, com Gal Gadot a fazer-se ao papel principal da prevista nova versão de Cleópatra e com Kenneth Branagh a não convencer como Poirot (ia melhor no MURDER ON THE ORIENT EXPRESS).
Por razões que desconheço, enquanto realizador, Branagh achou por bem “sexualizar” a história, com dois tórridos e desnecessários números de dança (que revelam demasiado em termos da trama) e uma embaraçosa, de má que é, cena de “roça-roça” num templo histórico (Abu Simbel). A ideia de tornar Poirot um homem de acção não faz sentido e teria sido melhor manter a coisa mais simples e mais focada nas personagens e história. Também dispensava saber a razão por que Poirot usa um grande bigode.
No meio disto tudo, salvam-se as paisagens e o barco de cruzeiro é bem bonito. Não me importava de dar uma volta nele!
Classificação: 3 (de 1 a 10)
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