segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

NIGHTMARE ALLEY – O BECO DAS ALMAS PERDIDAS (Nightmare Alley) de Guillermo del Toro

Stanton Carlisle, um bem parecido e simpático homem, chega a uma feira onde consegue ir ganhando a confiança de alguns e acaba por, de certa forma, roubar o acto de prestidigitação de um deles. A sua ambição leva-o à procura de novos palcos e, com os seus dotes manipulativos, consegue chegar às mais altas esferas sociais com resultados dramáticos para todos os envolvidos.

Duas confissões. Nunca li a novela de William Lindsay Gresham em que o filme é baseado e, com muita pena minha, não vi a versão cinematográfica de 1947 com o Tyrone Power. Assim, não posso fazer comparações, mas gostei mesmo muito deste regresso ao Film Noir!

 O realizador Guillermo del Toro, mais uma vez revela a sua grande paixão pelo cinema clássico de Hollywood e um grande carinho pelos seus personagens, sejam eles bons, maus ou assim-assim. Fiquei preso à cadeira desde a primeira cena e adorei o final. Pelo meio temos uma história envolvente, povoada por uma excelente galeria de personagens e visualmente forte. Sim, a produção é muito cuidada e um regalo para todos os sentidos. O filme trouxe-me à memória o famoso FREAKS (A Parada dos Monstros) de Tod Browning, com o seu lado “carnivalesco” e, em termos de encenação o CITIZEN KANE (O Mundo a Seus Pés) de Orson Wells; tudo boa companhira para este NIGHTMARE ALLEY.

O giraço do Bradley Cooper brilha no papel principal, entre o sacana e o moço simpático. Ele lidera um elenco fortíssimo onde se destacam a sempre excelenteToni Collette, um notável David Strathairn e, principalmente, Cate Blanchett como uma sedutora mulher fatal.

Já devem ter percebido que gostei mesmo do filme, mas sou suspeito. Sou apaixonado pelo cinema clássico americano e este filme é uma carta de amor ao mesmo! A não perder!

Classificação: 8 (de 1 a 10)



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